domingo, dezembro 31, 2006

Happy New Year

Para todos (ou quase todos) desejo um 2007 repleto de sonhos, paz, luz, amor, dinheiro, mas sobretudo FELICIDADE!!!

Que 2006 passe à história e que o novo ano nos traga tudo o que desejámos!!!

Um bom ano, e que os relexos dos fogos de fim de ano brilhem no céu durante doze meses!!!

As estrelas estão sempre lá e todas as vinte e quatro horas surge um novo dia. Que mais é preciso?

Mais uma vez HAPPY NEW YEAR!!!




terça-feira, dezembro 26, 2006

Acabou!!!

Passou o natal, passou a amizade, passou a caridadezinha, passou o amor pelo próximo, passou a tolerância, passou a hipócrisia.
Finalmente saiu de cartaz a peça que se costuma representar no teatro da quadra natalícia.
Acabou-se!

Amanhã voltamos todos ao mundo real. Áquele mundo onde os presentes são envenenados. Áquele mundo onde as pessoas são apenas pessoas e já não tentam disfarçar-se de anjinhos papudos.

Amanhã volta o trabalho, volta a rotina, volta o trânsito, voltam as guerras no telejornal e as crianças que nunca fizeram férias para morrer de fome. Aquelas que não têm férias de natal porque nem sequer sabem o que é escola. Aquelas que não têm o que comer mas que não são menos crianças que as outras.
Amanhã já não é natal, e podemos ser maus de novo. Maus como sempre, ou apenas humanos normais.
Amanhã, já ninguém se lembra que continua a estar frio para quem vive na rua, e nenhum de nós se irá atrasar no horário do emprego para comprar algo desnecessário para quem já tudo tem.
Amanhã acabou-se a tolerância, o “puxa-saquismo” e o tempo da “engraxadela anual ao tio da província”. O mundo amanhã volta a ser a selva do costume.

Mas, felizmente ontem, hoje ou amanhã, tu e eu podemos conversar livres e soltos. Podemos sentir as emoções do costume sem ter de dar nenhum valor especial ao
calendário.
Amanhã, tu vais, como sempre levantar-te comigo e acompanhar-me todo o dia como uma luz que me ilumina permanentemente, desde um de Janeiro até trinta e um de Dezembro.

É verdade:
Amanhã vou-te dar uma rosa.
Amanhã, só amanhã, porque o teu jardim já está vazio dos visitantes de ocasião e não corremos o risco de ser interrompidos nas nossas trocas de olhares.
Amanhã o vermelho da rosa vai ter a côr do coração. Do meu e do teu. Como sempre, vermelho. A nossa côr!

Amanhã, como todos os dias, para nós é uma data especial.
Amanhã, já falta menos um dia para nos abraçarmos.
Amanhã falta menos um dia para o nosso natal.

Então até amanhã!

domingo, dezembro 24, 2006

Natal?

Olá minha rosa!

Estou triste.
Mais um natal, mais um ano, mais um dia, e eu aqui. Sem ti por perto.
Estou derrotado, desmotivado, desiludido. Estou sem força para enfrentar estes dias de alegria por fora e de sangue por dentro. Mas tem que ser.

Porque será que não posso comprar-te um presente de natal?
Porque será que não nos deixaram ser felizes, juntos, aqui?
O que será que fizemos para merecer este castigo da separação que só nos aumenta o amor e com ele a sensacão de ausência?
Porque será que amanhã se celebra um nascimento que só fez sentido com a morte?
Será que só a morte faz de nós grandes?
Não! Não posso concordar com isso.
Pelo menos contigo não, princesa.
Tu não. Tu não és assim.
De ti celebro o dia do teu nascimento, e todos os outros em que tive o privilégio de privar contigo em que pude olhar os teus olhos e dizer-te o quanto te amava. Felizmente foram tantas as vezes que to disse que me sinto feliz.
Nem que fosse só por isso, a minha vida tinha feito sentido.
Sinto-me feliz por to ter dito tantas vezes e por ter ouvido a tua resposta. Ainda hoje, e cada vez mais to tento dizer. Seja num post ou numa manhã em que me apetece adormecer de novo e sonhar contigo mas em que o mundo vulgar me chama.
A vida por cá continua igual.
As mesmas pessoas. Os mesmos problemas de sempre. A mesma hipócrisia. O mesmo sentimento de perda e de corrida pelo impossivel.

Espero que estejas bem.
Espero que estejas como mereces e como sempre sonhaste.
Na proa do navio, com os braços estendidos para o vento e o coração aberto ao amor.
Quero que saibas que cá ando. Mal, cabisbaixo, caminhando pela chuva fria dos dias sem ti, mas sabendo que um dia as nuvens se hão-de afastar para que se possa ver a luz do teu sorriso e sentir o calor do teu olhar.
Sei que não será ainda neste natal que poderei dar-te um presente, mas espera mais um pouco que eu não me vou esquecer de to dar.
Guardo-o bem junto ao coração e espero nesta vida, que na outra te possa ver rasgar o papel que o embrulha.
É um papel bonito. Acho até que nem está embrulhado em papel. Acho que está embrulhado em sonhos de luz e de cores berrantes como tu gostas, e quando o rasgares todo vais ver apenas um coraçãozinho. Fofo e quente como o teu. Pequeno, mas muito poderoso. Com poderes mágicos que nos levarão com tudo o que gostamos pelos caminhos infinitos do amor.
Vamos entrar numa viagem sem regresso porque regressar é morrer. Vamos partir num caminho de vida nova e com sentido. Numa vida sem perdas e sem sofrimento.

Amanhã é só mais um dia sem ti. Não é natal porque sem ti não há natal.
Amanhã é só um dia a menos nos que faltam sem te ver. Ainda bem que eles passam. É só por isso que ainda os celebro.
Aguarda-me nessa tua torre. Na torre mais alta do castelo. Naquela onde sempre quiseste estar. Não precisavas de ter fugido tão cedo. Aguarda-me minha princesa que nós ainda vamos viver muitos natais juntos. Esse castelo ainda vai ser nosso. Havemos de conquistá-lo aos infiéis.
Vai estando por aí que eu vou espalhando a tua luz o mais que possa por aqui.
Eu sei que é difícil fazer os outros verem a tua luz eterna num mundo onde toda a gente procura luzes fugazes, mas não te preocupes que já há muita gente que a vê, e cada vez será maior o número e com mais interesse porque a tua luz não transmite prazer imediato mas sim paz e amor. Esse lugar comum que faz tanto sentido quando se fala de ti!
Enfim, tinha tanto para te dizer que se não paro vou ficar colado a este teclado.
Só quero que não te desiludas comigo porque eu vou guardando o teu presente.
Não te esqueças do meu.
Eu estou sempre aqui. Disponível para ti e sei que estás comigo. Sempre!

Amo-te muito!
Eternamente. Seja natal ou seja lá o que fôr, eu AMO-TE GORDA!!!

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Olá lua!


Olá princesa dos céus!

Eu sei que te tens sentido muito só, mas não fiques triste. Os humanos hão-de voltar a olhar para ti. Deixa passar esta quadra e tudo voltará ao normal. Todos nos voltaremos a encantar com a tua luz. Todos nós vamos de novo dar-te o valor que mereces e admirar tamanha beleza.
Sabes, todos andamos meios encandeados com as luzes que pairam sobre a cidade. Todos andamos meios zonzos com a azáfama dos presentes e com os preparativos do Natal.
Descansa um pouco, Lua. Aproveita para pensares e te renovares. Pensa que na tua face negra existe tanta beleza como na que é iluminada. Pensa que vales pelas duas e não só pela luz que refletes. Pensa que o mistério que se encerra na face não visível é completado pelo imenso e intenso branco da face que conhecemos. Pensa que ainda que todos os dias te vejámos não deixamos de te olhar, de te admirar e de te dirijir pensamentos lindos e desejos inconfessáveis.
Não fiques triste por não te ligarmos nesta fase de stress. Não nos leves a mal. Espera pelos ventos quentes do estio e logo verás que o nosso amor por ti se renova e que voltaremos a viver os dias durante a noite, iluminados pela luz crua que nos ofereces sem pedir nada em troca que não seja a contemplação da felicidade.
Aguarda lua.
Espera só mais um pouco que o teu tempo está quase de volta.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Parabéns Francisca!

Olá princesa!

Escrevo hoje com dedos mais suaves que o costume. Escrevo com as mãos suadas de emoção e com os olhos molhados de uma paixão imensa. Por ti, gorda.
Fazes hoje treze anos, e eu não posso deixar passar esta data sem que saibas que esta será sempre a data do meu Natal. Se o Natal é quando um homem quiser, eu quero que o meu seja hoje. Esta é a data em que eu recordo o aparecimento no meu firmamento da estrela que me guia e que me conduz diáriamente por este mundo frio e escuro como breu.
Hoje, para mim fazes anos, e ainda que os outros me achem louco eu penso assim. Desde o dia em que nasceste, até hoje, e até ao fim dos meus, podes acreditar que celebrarei este dia com imensa alegria. Decidi não dar espaço à tristeza e como tal vou sempre ter esta data no lado bom do calendário. Na minha vida já há demasiadas datas negras que se tornam minúsculas quando são iluminadas pelo brilho que esta encerra.
Pensei muito sobre o que havia de escrever neste dia. Pensei em escrever coisas lindas, textos bem estruturados, poesias cristalinas, mas decidi escrever apenas o que sinto. Decidi apenas dar-te os parabéns e dizer-te que estou feliz por hoje serem onze. Estou feliz por há treze anos ter tido a sorte e a luz de ser pai. O teu pai.

Estou triste, por não te ter aqui para festejar, e por não poder oferecer-te um bolo, uma festa e mil presentes. Estou triste por não te poder tocar, mas feliz por te saber sempre comigo.
Recordo com saudades as festas que tiveste, mas lembro com orgulho o momento em que na última em que cá estiveste tu me dizeres: “Pai, quero falar ás pessoas!”. Lembro-me que subiste a uma cadeira e disseste a todas as pessoas “Obrigado por estarem presentes. Quero dedicar esta festa a todas as pessoas que não tiveram festa de aniversário por causa de eu estar doente. Esta festa é vossa também.”
Esse é o teu registo e esse foi sempre o teu estatuto. Nobreza de carácter, atitude e determinação.
Quero dizer-te que ainda que passem cento e trinta anos eu nunca esquecerei todos os momentos que passámos, nem esse, nem todos os outros, e quero dedicar-te todos os dias da minha vida.
Hoje, quero que tenhas um dia bom e que festejes o momento em que te deste a este mundo, pequeno demais para te segurar por muito tempo.
Quero levar-te uma rosa (vermelha como tu gostas), ao sitio onde te vi partir e enviar-te um bolo pelos céus para que o partilhes com quem mais gostas. Quero dar-te os parabéns pelo dia do teu aniversário, mas principalmente pela vida que tiveste e uma vez mais agradecer-te pelo exemplo que me deste para toda a vida.

Durante dez anos estiveste sempre no teu melhor. Sempre linda e luminosa.
Para mim continuas assim.
É com saudade que recordo os anos em que me fizeste companhia aqui, mas compreendo que tivesses que partir. Sei que estás aqui comigo hoje e como tal quero dar-te um beijo e repetir as palavras que trocamos milhares e milhares de vezes e que fazem sentido, agora, mais que nunca:

AMO-TE MUITO, GORDA MALUCA.

Parabéns, vê lá se comes uma fatia por mim e não te esqueças de trincar as velas.



P.S.
Se puderes responde. Tu sabes bem como...





terça-feira, dezembro 05, 2006

Mensagem Urgente

Olá princesa!

Hoje vou escrever para ti. Só para ti.
Estou cansado desta vida de stress, desta vida dos efêmeros, que correm atrás de algo que não sabem bem o que é.
Estou cansado de correr, mas é a corrida e o stress que me vai mantendo vivo e com um sorriso excitado em cada dia.
Escrevo-te para te dizer que em cada minuto que passa tenho mais saudades tuas. Em cada dia que passa tenho mais vontade de te encontrar e mais desejo abraçar-te. Acho que isso é bom pois quando estiver de novo contigo vai ser muito melhor.
Sei que estás longe e que não me vais responder pois eu tenho o teu endereço mas tu não tens o meu, embora saibas sempre onde estou. Estou mesmo ao teu lado, sempre. Dás-me o privilégio de estar sempre comigo.
Não tens o meu endereço, mas comunicas comigo. É difícil explicar ás pessoas que isso se passa entre nós, mas que importância tem que eles não acreditem? Nós sabemos que é verdade, e isso basta!

Nesta altura do ano és o Sol que aquece o meu corpo, e és o calor que torna em vapor a humidade do meu chão.
Está de chuva por aqui, e eu não gosto de chuva. Sabes muito bem que, tal como tu, gosto de Sol no Zénite e calor no vento. Gosto do Verão e tu és o meu Verão.
Serás sempre o meu Verão, e ainda que um dia me mude para o Ártico e que a noite tinja de negro metade do meu ano, tu serás sempre o Sol que brilha incessantemente acima do meu horizonte e que derrete o gelo que teima em acumular-se à volta do meu coração.

Hoje estou cansado e vou dormir.
Preciso que me surpreendas. Preciso que nesta noite tenhas um dia, como os que costumavas ter e que me surpreendas como sempre fizeste.
Faz-me sonhar e voar no teu espaço, na tua dimensão.
Hoje estou disponível para voar. Hoje estou cansado, mas disponível.
Sinto-me leve e o meu espirito está aqui só para ti.
Se quiseres aproveitar dá-me a honra de me incluires no teu passeio pelas estrelas. Nem que seja só por um minuto.

Hoje quero viajar contigo pelos teus mais íntimos caminhos. Quero ouvir histórias da vida que tens levado longe de mim.
Um pai preocupa-se e eu não sou diferente dos outros. Tenho tido talvez menos noticias, mas não sou diferente.

Estou disponível e com muitas saudades, e como sabes que nos podemos encontrar de noite, visita-me hoje!
Há coisas que só te posso dizer ao ouvido.
O pessoal que frequenta este blog é fixe, mas também não precisa de saber tudo!

Se puderes vir ter comigo, optimo, mas se não puderes tudo bem.
Sei que há muita gente que precisa da tua luz. Talvez eu hoje possa esperar.

Beijos gordos!

domingo, dezembro 03, 2006

Natal

O Natal está aí à porta.

O ar da cidade enche-se de músicas calmas e cobre-se de luzes coloridas. Os figurantes circulam apressadamente pelas ruas numa azáfama imensa, tentando que nada lhes falte na noite maior do ano.
Enchem os sacos com sonhos de crianças, embrulhados em papeis estampados de fantasia. Anjos sorridentes, apertados por fitas douradas, espreitam das bagageiras húmidas dos carros que seguem passo a passo pelas ruas apertadas.
A mágica névoa de Dezembro, e o trânsito lento não são suficientes para desviar do seu rumo a mole humana que se dirije já para casa.
No regresso, nas vésperas do dia, rejubilam com os desejos que irão em breve tornar realidade e com as gargalhadas de satisfação que vão provocar.

Deixam para trás, na baixa da cidade, os figurantes indesejáveis que moram permanentemente no seu teatro dos sonhos. Deixam para trás todos aqueles que vivem todos os dias junto ás montras, tentando aquecer-se com as luzes que delas transbordam. Aqueles que passam as noites embrulhados em cartões ás portas das lojas de moda ou dos bazares de brinquedos.

Será que na pressa de agradar aos que os procuram no quente das lareiras, os anjinhos dos papeis lustrosos, se esqueceram de quem tanta companhia lhes fez no frio das ruas agora desertas?

Será que as luzes multicolores da cidade deixam de brilhar durante a noite de Natal?
Será que a música pára de ecoar por entre as paredes graniticas dos edifícios cinzentos da velha urbe nessa altura?
Claro que não. Tudo continua a ser como imaginámos.
Afinal é verdade que, Natal é todos os dias. Essa noite é apenas a confirmação da realidade.
Claro que os sonhos das crianças lhes continuam a inundar os pensamentos em todas as noites, e claro que também todas as manhãs há gente que sonha com um acordar diferente.

Cada um sonha com algo que parece impossível de alcançar. Cada um dos figurantes sonha por si, com os mesmos desejos egoístas de todo um ano.

Afinal, Natal é quando um homem quiser.
É pena que não seja ainda este ano...

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Pombos

Na cidade dos vivos, os pombos pousam no centro da praça.
Com as suas trípedes patas pousadas nas pedras alinhadas, procuram o alimento no chão frio.
Os grãos que lhes são arremessados pelos que um dia tomarão parte na forma do seu solo são o seu combustível.
Procuram a energia em cada grão. A força que os faz voar. O bater das asas que se encontra encerrado em cada caloria ingerida, em cada grão que é esmagado pelo seu bico e digerido no interior do seu papo.
Os pombos ficam na cidade e as gentes voam para longe dela, como se fossem talhadas para voar mais alto ou mais longe, ou como se quisessem fugir da praça central.
Nem todos voam acima dos edificios pontiagudos, e dos telhados altaneiros da velha urbe.
É preciso ter coragem para tentar subir acima do horizonte de cimento, e estando lá em cima, visualizar a cidade nos seus mais íntimos segredos e nos seus mais fantásticos recantos

Tenho tentado ser um pombo livre , e escrever como se estivesse a partilhar com toda a cidade a minha angústia de não conseguir voar alto.
Peço perdão se o que escrevo magoa, mas deveis pensar que são só palavras ordenadas, emoções expostas!
Tento abanar as asas, mas nem sempre elas me elevam no éter.
Talvez esta não seja a melhor maneira de expiar a dor, mas se fizer bem a alguém, é muito gratificante para mim.
Além disso, quero a minha vida “posta ao sol”. Não tenho nada a esconder. Se quiserem venham comigo. Voem, e ajudem-me a seguir-vos.
A vida é o ar que nos rodeia e quanto mais batermos as asas mais o agitámos e mais alto nos elevámos.
Querem voar?
Venham comigo... não quero ficar só pela praça...