quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Subindo


E vou subindo passo a passo, um degrau de cada vez,
mas sempre na direcção certa.

Rumo a ti!
Sinto-te em cada pedra.
Em cada detalhe do chão que me ampara a vida.
E nas imperfeições deste terreno que é ainda o meu, sinto que
um dia caminharei descalço a teu lado pelo chão fofo que
te sustenta e ao qual emprestas a cândida cor que te reveste.

Cheiro-te na liberdade do mar e na imensidão do céu.
Sigo-te pois o caminho tem um sentido único e sei que por cada
degrau vencido outro se desmorona nas profundezas das minhas
costas e é certo que a cada passo e em cada momento que se esvai
nesta ampulheta que me comanda ainda, me aproximo mais de ti.

Sei que a escuridão que deixo cada dia para trás será recompensada
com a luz que me guia e que me aquece o coração.

Hoje, e eternamente és a minha luz!
A única, a mais brilhante e a mais autêntica.



AMO-TE PRINCESA...
Eternamente...

domingo, fevereiro 17, 2008

Liberdade


Deste lado, a certeza morna, o viver aprisionado, o grito contido, a multidão inerte...

Do outro lado a incerteza, a dureza do caminho, as pedras que nos desviam da rota...

Deste lado o acordar taciturno, o dormir inquieto, a voz que nos condena...

Do outro lado a poeira que se levanta a cada sopro de vento, o sol que queima, o frio que nos tolhe...

Deste lado a companhia de todos, o refúgio da tempestade, a escravidão da terra...

Do outro lado a solidão dos homens, o escuro do céu, o mapa que não faz sentido...


De um lado o chão do outro o sonho.

De um lado o medo e do outro a liberdade.

Quero saltar este portão...


(foto: Serra do Montemuro Junho 2007)

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Para ti "Namorada"...



Em finos tecidos de luz

Que a liberdade seduz

Nessa cor tão pintada

De vermelho namorada

Iluminado por ti persisto

E em vivo lume insisto

Por entre as pedras deste chão

Espalhando o quente da paixão



sábado, fevereiro 09, 2008

Em sangue.


E nesta noite, de repente, a dor invadiu-me.
E num momento estranhamente feliz lembrei-me do dia em o mundo inteiro desmoronou sem que pudesse nada fazer além de ser assim. Sempre eu, até ao fim...
Dia amargo, dia vil, dia de dor.
Dia de sangue vivo! De ferida aberta em pleno coração. Dia de morte anunciada.
Dia em que renasci para entender com que letras se escreve a palavra mais importante do diccionário.
Senti num momento o quanto custa escrever quatro letras que definem TUDO!
Quatro letras que só se unem quando tudo o resto se separa, quatro dimensões que só se entendem quando parecem inatingíveis.
Quanto não daria para viver de novo esse dia em que uma réstia de felicidade estava ali para mim...
Dia em que tu ainda eras tu e eu ainda era eu.
Dia em que de tudo saber nada quis sentir...
Dia mais feliz da vida para além de todos os outros que se seguiram e dos que se seguirão...
Desse dia nasceu o amor pelo qual respiro, pelo qual abro os olhos, pelo qual me movimento neste teatro trágico onde o papel principal é dos que amam ainda que não vivam para além disso.
Dia em que aprendi que há quatro letras que nos escrevem e nos inscrevem na história.
Dia em que se escreveu o que há já muito tempo estava escrito, a palavra AMOR!

AMO-TE PRINCESA DE LUZ...
HOJE E SEMPRE...
AMO-TE MUITO!

terça-feira, fevereiro 05, 2008

Serenidade

Junto ao mar vejo os teus olhos em sonhos de sal e em ondas de paixão...
Em rasgos de azul sinto que me espreitas por entre as nuvens e em sonhos brancos debruados de espuma assisto-te em silêncio e espero-te só junto ao mar.
Junto ao nosso mar que está aqui para nós dois.
Esse que existe para nos unir quando tudo o resto nos separa, esse que não nos abandonará nunca e que persistirá muito para além de nós.
Sinto-te em cada onda e em cada espaço entre elas.
Escuto-te ritmadamente aqui e cada gota desse mar é tua...

Amo-te Princesa
És o meu mar