quinta-feira, fevereiro 05, 2009

História da ignomínia...


O cheiro a pólvora é intenso no ar da manhã e as tropas marcham para o inevitável confronto que se avizinha e se avista já ao longe.
A cidade que outrora fora livre encontra-se nesta altura sob o jugo da força bruta e o líder que anteriormente a governava está em prisão domiciliária, atado, amarrado a uma posição que não é a sua.
O seu povo que tanto o estimava ressente-se agora de todos os erros que inconscientemente cometeu e pagará em sangue os desvarios em que se lançou.
As tropas negras não transportam escrupulos com elas e vêm para invadir, castigar, submeter e subjugar todos os habitantes da cidade e ainda que não tenham eliminado ainda o seu líder preparam-se para o fazer na serena calma da masmorra...
Há já vitimas marcadas com o selo da morte. Não há como escapar ao sacrifício previamente datado e ao plano anteriormente arquitectado!
O lider pensa, recolhe-se nas memórias doridas de quem confiou demasiado em todos. No seu povo e nos poderosos vizinhos indignos de confiança... Uns e outros serão cobrados pelos seus erros caso saia vencedor desta contenda!
Ele une-se a si próprio, pois encontra nele e na sua força a única forma de reverter a situação, e decide que ainda que tenha sido involuntáriamente traído pelo seu povo e se encontre fragilizado se erguerá de novo e lutará pelo lugar que é seu, por tributo a si e ao seu orgulho. Pelo seu sangue diferente dos demais e pela sua face limpa de sangue que muitos gostariam de ter. Decidiu que será assim, ainda que essa possa ser a última coisa que faça antes de ser sumáriamente fuzilado!
Um líder morre na frente do seu povo. Comandando-o e desafiando o usurpador. Usará todos os meios que tem ainda ao seu dispor para o destituir do cargo que pela força bruta e irracional ocupa.
Um líder revela-se na guerra e não nos salões de cristal da aristocracia.
Um líder só tem dois estados: vivo ou morto, e um líder ferido é um líder duplamente vivo!
Na guerra há matar ou morrer e quem não mata o inimigo morre-lhe nas mãos!
A guerra está já anunciada e será inevitável.
Haverá baixas que serão dos dois lados.
Só um vencerá mas caso não seja o meu não ficarei para assistir.
Estou pronto para lutar e para liderar a bandeira ao topo e enterrar o seu mastro no peito do infiél.


(continua)

2 comentários:

Águas Revoltas disse...

Se a vitória for dificil de conquistar,estarei aqui ao teu lado,sempre. Lutarei até as forças se esgotarem, quando chegar e te preencher o coração, venha ela com pompa e circunstância.
Beijo doce

Lurdes Pereira disse...

Meu lindo, não percebo nadinha!!

Quando quiseres explicar, sou toda ouvidos.

De qualquer modo, estou aqui para a luta!

ps:se fosses prof diria que o texto ilustra muito do que vai nas escolas, mas como não és, desisto!

Beijo e muita pazzz...