
Na viagem, por vezes sinto que estás próxima, sinto o teu cheiro, ouço o teu riso e vejo os teus olhos lindos e sempre cheios de felicidade e de vida.
Claro que a Lacrimosa de Mozart dá uma ajuda. Essa pode ser a melodia triste que mais me alegra, porque nos une. Talvez os outros não compreendam como é possível ir por aqui, mas cada um tem o seu caminho próprio. Além disso, há caminhos que têm que se fazer sózinhos. Nós e o nosso cajado, que pode ser feito do som dos violinos ou da força das vozes.
A viagem nunca pára, e mesmo de noite caminha-se. Mesmo nos sonhos, a viagem faz-se, e é por vezes neles que chegamos mais perto.
É quase físico, o que se passa nos sonhos. Neles, os nossos dedos são como os que Michelangelo pintou na capela sistina: não se chegam a tocar, mas mesmo assim, a energia passa de um para o outro.

A música, também não nos toca, mas dá-nos energia, e o importante é saber usá-la para não ter que se parar nunca.
Seja no Requiem, seja no tecto sistino, seja na vida, o importante é o que se transmite.
O que se dá e o que se recebe.
O que conta é a energia. O resto é só matéria.
1 comentário:
Esta é uma das minhas músicas preferidas do Mozart!
Adoro!!!!
Oiço-a nos momentos tristes,
nos momentos especiais,
mesmo quando estou bem transmite uma força incrível.
um beijo lacrimoso,
moon
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